Nos últimos dias de abril: 28 a 30.04. na casa em Curitiba tivemos um encontro de formação para as Irmãs de São José depois dos votos perpétuos. O tema foi o proposto para o ano formativo de 2018: “Nova vida no Espírito Santo”. Irmãs foram assessoradas pelo Irmão Antônio de Maria, Monge Beneditino de Maria Mãe de Deus, de Coroatá, no Maranhão.
Irmão Antonio de Maria está encantado com a figura do nosso Padre Fundador São Sigismundo Gorazdowski. Em suas conferências, ele nos conduziu pelos caminhos das virtudes cristãs, que devemos praticar na vida cotidiana, pois elas são essenciais na construção das relações com os outros. A Palavra de Deus e os pensamentos de nosso Pai Fundador nos ajudaram a redescobrir os frutos do Espírito Santo em nossas vidas. Como modelos, o Irmão Antonio nos mostrou nossos Patronos, que moldam nossas vidas todos os dias (Maria, São José, São Francisco e Santa Isabel) e em especial o nosso Pai Fundador São Sigismundo Gorazdowski.
Como sempre, estes dias foram também, um momento de encontro das Irmãs e celebração de oração , de meditação e de alegria fraterna.
No dia 03 de março nossa Noviça do 2º ano, ir. Angelica foi para uma cidade em Maranhão – Barra do Corda, onde fará sua pratica apostólica.
Após longa viajem de Curitiba até São Luis do Maranhão, em fim no dia 04 de março junto com ir. Joana – superiora da casa, chegaram para a Barra. Depois dos primeiros dias de adaptação com clima e o povo ir. Angelica inciou sob o cuidado de nossa irmã Inviolata o trabalho no abrigo “Emaus”.
Dia 8 de Dezembro na Comunidade das Irmãs de São José em Curitiba, ir. Angelica, que é uma Noviça do primeiro ano, como cada Josefita fez sua entrega a Maria Imaculada.
“A Mãe e a Senhora, e ao mesmo tempo a mestra e o modelo perfeito de santidade para as Irmãs é a Imaculada Virgem Maria. As irmãs devem amar com amor filial a Mãe de Deus e nossa, e devotar-lhe a veneração que lhe dedicavam o Filho de Deus e também São José, seu Virgem Esposo… Na medida do seu amadurecimento interior, as irmãs se entregam a Ela como propriedade total. Maria lhes ensina a entrega total a Deus através da vida na família religiosa”.(C11)
Dia 19 de Março – Solenidade de São José esposo da Virgem Maria
A santidade terrena de São José
As Escrituras pouco nos falam de São José, o necessário, porém, para que nos inteiremos do essencial. Não se conservou uma só palavra do santo. Falou tão pouco que se chegou a pensar desnecessário transmitir o que ele tinha proferido. Sabemos que era originário da ilustre raça do rei Davi que domina toda a história nacional de seu povo. Essas origens tão grandiosas colocaram em realce o caráter modesto e pouco brilhante do santo: a vida dura de um carpinteiro num “buraco” perdido no mapa do mundo… e seus impostos e sua administração. Chegou ele até a experimentar a sorte de pessoas que devem fugir de sua terra e, com dificuldade, buscar abrigo no exterior. Deve ter intensamente amado sua terra já que não quis se fixar nos arredores da capital, preferindo a vida no interior. Depois disso apenas a vida obscura, desapercebida, na aldeia de Nazaré. A vida de família, eis um pano de fundo bem pouco solene para a entrada em cena de Jesus.
A vida corriqueira deste homem apagado escondia, no entanto, sob insignificantes aparências, riquezas espirituais de alto preço.
Antes de tudo o silencioso cumprimento do dever. Por três vezes a Escritura diz que “ele se levantou”. Para fazer o quê? Para colocar em prática o que havia percebido em sua consciência como sendo a voz de Deus. Sua consciência estava tão desperta que durante o sono ela comunicou a mensagem do anjo por mais estranhos que lhe parecessem os caminhos que ele devia percorrer.
O outro tesouro que a Escritura nos atesta entrar presente na alma de José é a justiça. José era um “justo” e esta expressão designa, na linguagem da Escritura, o homem que coloca sua vida sob a luz da palavra e da lei de Deus. Justo não somente quando a palavra acompanhava e realizava os desejos humanos, mas em todas as circunstâncias mesmo quando custasse, mesmo quando o próximo tivesse vantagem em detrimento de seus próprios direitos. José possuía essa justiça que significa cuidado pela ordem das coisas, delicadeza e respeito para com a personalidade do outro, por mais desconcertante que esta pudesse ser.
Esta fidelidade ao dever e à justiça respeitosa diante do real, dupla característica do amor no mundo masculino, José haveria de testemunhar com relação ao Deus de seus pais. Era um homem piedoso e tinha uma piedade de homem, uma piedade distante de todo sentimentalismo inconstante, uma humilde fidelidade unicamente preocupada com Deus e não consigo mesmo precisamente para, desta forma, forjar uma “alma piedosa”. “Cada ano, nos diz o Evangelho, subia a Jerusalém, segundo o costume, para a festa da Páscoa” (Lc 2,41-42).
Assim foi o homem e sua vida cotidiana sob o tríplice signo do dever, da justiça e da piedade viril. Somente após as considerações feitas sobre estas três riquezas é que podemos falar da maior de todas: o papel tutelar e paterno que Deus dignou lhe confiar para com aquele que é a salvação do mundo, Jesus. Acolheu em sua família quem veio resgatar o povo de seus pecados, o Santo de Deus. José teve o privilégio de lhe conferir o nome: Jesus, quer dizer, “Deus salva”. É no silêncio e na fidelidade que ele cumpre sua tarefa de servidor da Palavra eterna do Pai que se tornou uma criança desse pobre mundo. Os homens, por sua vez, o designaram de seu Salvador, o “ filho do carpinteiro” (Mt 13,55). Quando a Palavra eterna do Pai, começou, através da pregação do Evangelho, a ressoar no meio dos homens, José saiu da cena deste mundo como alguém que havia terminado de desempenhar um papel pouco importante e que quase ninguém percebeu. A vida desse homem, no entanto, teve um conteúdo, o único que conta numa existência: Deus e sua graça que se fez carne. A José se podia aplicar o final da parábola evangélica: “Servo bom e fiel entra na alegria de teu Senhor” (Mt 25,21).