Delegação Africana

Africana

 

Olhando para o passado

O Decreto sobre a atividade missionária da Igreja Ad Gentes divinitus do Concílio Vaticano II diz: “Embora a todo o discípulo de Cristo incumba a obrigação de difundir a fé conforme as suas possibilidades, Cristo Senhor chama sempre dentre os discípulos os que Ele quer para estarem com Ele e os enviar a evangelizar os povos. E assim, mediante o Espírito Santo, que para utilidade comum reparte os carismas como quer, inspira no coração de cada um a vocação missionária” Nº23.

O ardor e o impulso missionário sempre pulsou nos corações de muitas Irmãs Josefitas, como evidencia o fato de que, nas primeiras décadas da existência da Congregação, algumas vezes as Irmãs tentaram sair para o trabalho missionário, porém, Deus tinha outras intenções. Prevista para o final de setembro de 1939, a viagem para a China, foi interrompida com o início da Segunda Guerra Mundial.

Então, quando o Concílio Vaticano II apontou novamente para o caráter missionário de todo o Povo de Deus, a Congregação tentava responder às necessidades e expectativas da Igreja, e em 1975, um grupo das primeiras Irmãs foi dirigido para trabalhar em Terras Africanas. Assim começou a história missionária da Congregação das Irmãs de São José.  

As primeiras quatro Irmãs começaram seu trabalho na República do Congo, em Oyo. O contato com a população local foi iniciado quando organizaram um curso de corte e costura, para mulheres e meninas, bem como através do trabalho entre os doentes e em uma farmácia.

Assim foram construindo relacionamentos e a confiança foi crescente. Cada oportunidade era ideal para falar com as pessoas sobre o amor de Deus Pai. Em 1981, às primeiras missionárias Josefitas, juntaram-se outras Irmãs, e assim foi aberta uma nova Comunidade na capital do Congo, em Brazzaville. As Irmãs se engajaram na obra de evangelização na paróquia de São Francisco de Assis e no cuidado de leprosos, em um hospital a 7 km de distância da cidade.

No 100º ano do aniversário da fundação da Congregação, mais quatro Josefitas aumentaram o grupo de missionárias no Congo. No mesmo ano, as Irmãs iniciaram o trabalho missionário em Gamboma, cidade situada a 100 km de Oyo. A localização e as condições da casa eram adequadas para criar-se ali a Casa do Noviciado. Começaram ali então sua formação, as meninas que queriam abraçar a vida religiosa no espírito do carisma do Padre Fundador – São Sigismundo Gorazdowski.

O número das Josefitas na África continua a crescer. As novas Irmãs chegam da Polônia e da própria África, e desejam levar a Boa Nova “até os confins do mundo”. Estas últimas, após sua formação, professaram os votos. Por conseguinte, a Congregação decidiu alargar a sua atividade missionária também em outros países africanos. Em 1996 as Irmãs chegaram a Camarões a uma missão abandonada havia três anos, em Omvan. Em 1999 a Casa do Noviciado foi transferida de Gamboma para Omvan.

As necessidades da Igreja local e dos pobres, e a convite da Administração dos hospitais, foram uma inspiração para a criação em 1997 de uma Comunidade em Nyombé, e em 1999 na capital dos Camarões – Yaoundé.

Os anos de 1997-1999 foram marcados pelo drama da Guerra Civil no Congo. Durante todo esse tempo as Irmãs estiveram presentes para ajudar a população local e permanecer junto deles em um grande sofrimento.

 Uma outra experiência inesperada e dolorosa para a Congregação foi a morte de uma das primeiras missionárias – Ir. Felicia Zagroba, em maio de 1998. Ela morreu em Camarões, com 48 anos de idade, após 23 anos de trabalho missionário e está enterrada no cemitério em Yaoundé.

 No ano de 1992, o Capítulo Geral decidiu reorganizar a estrutura da Congregação, o que resultou na criação das províncias e das delegações. Atualmente a Delegação Africana possui 10 Comunidades onde trabalham 45 Josefitas, de quatro nações. Na Formação inicial, na etapa do Postulado estão 10 meninas e no Noviciado estão 8 noviças da África, preparando-se deste modo para entregar-se a Deus na vida religiosa.