O amor de São José a Jesus, a Maria e a nós

Consideremos o profundo amor que São José dedicou a Jesus Cristo e a Virgem Maria, e dedica a cada um de nós, como nosso pai e protetor.

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O glorioso São José, o grande patriarca do Novo Testamento, consagrou todo o seu amor a Jesus Cristo, a Virgem Maria e a cada um de nós. Normalmente, a longa familiaridade com as pessoas faz, muitas vezes, esfriar o amor. Pois, quanto mais convivemos, mais conhecemos os defeitos uns dos outros. No entanto, com São José não foi assim. Quanto mais o Justo convivia com o divino Redentor e com a Santíssima Virgem, mais conhecia-lhes a santidade. Sendo assim, podemos concluir que extraordinariamente grande era o seu amor para com Jesus e Maria, aqueles que o Senhor lhe concedeu ter como companhia por longos anos.

Deus concedeu aos outros Santos o poder de nos proteger em uma necessidade especial. Mas, a São José o Senhor concedeu a graça de ser nosso protetor em todas as necessidades, como atestam a palavra dos santos e do Magistério da Igreja e a experiência de muitos fiéis. O Santo Patriarca não somente tem vontade de nos ajudar, mas, de certo modo, sente-se obrigado, visto que, por nossa causa, ele foi elevado a tão alta dignidade. Por isso, podemos imaginar que o Senhor, vendo as nossas aflições, diz a cada um de nós o que o Faraó disse ao povo do Egito no tempo da fome: “Ide a José, e fazei o que ele vos disser”1 (cf. Gn 41, 55).

O amor e o cuidado paternos de São José a Jesus Cristo

Consideremos, em primeiro lugar, o grande amor que São José teve por Jesus Cristo. Já que Deus destinou o Santo para ser pai adotivo do Verbo humanado, com certeza infundiu no seu coração um amor de pai de um filho tão amável que, ao mesmo tempo, era Deus. “O amor de José não foi, portanto, um amor puramente humano, como o dos outros pais, mas um amor sobre-humano, visto que na mesma pessoa via seu Filho e seu Deus”2.

Pela revelação divina recebida por meio de um Anjo do Senhor em sonho, São José sabia que o Menino Jesus, que via continuamente em sua companhia, era o Verbo divino, feito homem por amor a nós, por toda a humanidade, mas especialmente por ele. José sabia que o próprio Verbo o havia escolhido entre todos os homens para ser o guardião de Sua vida e que queria ser chamado seu Filho. A este respeito, Santo Afonso Maria de Ligório nos convida e refletir:

…de que incêndio de amor não devia estar abrasado o coração de José, ao considerar tudo isso e ao ver seu Senhor, que lhe servia como oficial, ora abrindo e fechando a loja, ora ajudando-o a serrar a madeira, ora manejando a plaina ou o machado, ora ajuntando os cavacos e varrendo a casa; numa palavra, que lhe obedecia em tudo que lhe mandava, e não fazia nada sem o consentimento daquele que considerava como seu pai.

Que afetos não deviam ser despertados no coração de São José, quando tinha o Jesus nos braços, o acariciava, ou recebia as carícias daquele doce Menino! “quando escutava as palavras de vida eterna, que foram como outras tantas setas a ferirem-lhe o coração! especialmente quando observava os santos exemplos de todas as virtudes que o divino Menino lhe dava!”3. A longa convivência de pessoas que se amam mutuamente, muitas vezes resfria o amor com o passar do tempo. Pois, quanto mais convivemos com as pessoas, mais descobrimos os defeitos uns dos outros. Na Sagrada Família não foi assim, porque quanto mais José convivia com Jesus, mais descobria a Sua santidade. Depois desta reflexão, podemos imaginar o quanto José deve ter amado Jesus, durante os longos anos que passou com Ele, desde o Seu nascimento em Belém, nos anos de escondimento no Egito e na tranquilidade de Nazaré (cf. Mt 2, 13-23).

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